terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nossas Opções

Eu vivo a discursar a teoria das minhas opções. Da magnitude de poder optar. De ser dona destas opções. De decidir o que quero e o que não quero pra mim. Tão forte e decidida! Como eu bem disse, teoria. Na prática a teoria é outra. Acabo tendo que assumir que na verdade nem todas as opções são minhas. Eu posso influenciá-las , posso até tentar dribla-las e camuflar que quem decidiu fui eu. Mas no fundo , lá dentro, eu sei. Onde ninguem atinge, onde só eu tenho acesso , eu sei. Eu não decido nada. Até as minhas decisões conscientes são frutos do meu coração. É ele quem opta. Não vou dizer "manda" , porque no verbo mandar esta embutido a disputa "manda-obedece" , e ele , nem discute. É simplesmente como se eu não existisse. Ele segue o rumo que quer seguir , decide o que quer decidir , e eu , simplesmente fico cúmplice e a mercê destas decisões, tentando correr atras dele, que me espera lá na frente. Esta é a verdade. Por tras das opções que faço, invariavelmente há o caminho que meu coração quer que eu percorra , e eu , quando penso que não, já comecei a andar.

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