quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Alguém que não pode existir

Já não falo de vazio

Falo de algo que é meu
Dos meus olhos , de meu coração.

Falo de fatos reais.
De sentimentos reais.
De profundidade tamanha
De circunstâncias tais
Que vibram em mim
Feito o pulsar das veias do meu corpo
E do sangue que vibra dentro delas
Que corre continuamente e me faz viver

Falo desta parte desconhecida
Interna e já não mais inocente
Falo desta que me guia,
Quando penso em não mais caminhar.

Falo de uma madrugada
E me cobro, diuturnamente
Como se dependesse de mim, sem depender

Prisioneira de mim,
Escrava deste vício.
Escrava deste sonho

De ser alguém que não pode existir

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